Na primeira pessoa… Soledade Carvalho Duarte, diretora-geral da Transearch Portugal

O que é para si a sustentabilidade?

Para mim, a sustentabilidade vai muito para além da dimensão ambiental. Há uma questão social de justiça, combate à pobreza, direito à educação e à saúde e salvaguarda dos direitos humanos que não deve, de todo, ser deixada de parte, vem como a perspetiva económica, sendo aqui a sustentabilidade sinónimo de crescimento empresarial, inovação, criação de empregos e geração de riqueza.

Na minha área de atuação, a escolha de lideranças, exige-se cada vez mais uma consciência ambiental que permita às empresas acautelarem o futuro das próximas gerações em atuarem em grande escala. As alterações climáticas e os fenómenos meteorológicos extremos afetam o stock de capital e a produtividade de trabalho; o aumento de 1°C nas temperaturas superiores a 25°C reduz a produtividade em cerca de 2%.

Num mundo de 8 biliões de pessoas, onde cerca de 3 biliões trabalham em organizações publicas ou privadas, podemos dizer que o bem-estar da humanidade está intimamente ligado ao bem-estar das empresas e das organizações.

Que medidas de sustentabilidade pratica no seu quotidiano?

Procuro que a sustentabilidade seja um guia de ação permanente na minha vida diária. Em termos socias, por exemplo, preocupa-me a preservação da dignidade da pessoa humana nas organizações e na sociedade em geral, sobretudo no que concerne aos mais vulneráveis, e também o combate à pobreza que acentua desigualdades e fomenta ódios.

Em termos económicos, e na minha atividade profissional, cuido da preservação da cultura das empresas e da sua prosperidade económica e estou convicta de que um negócio fluorescente tem de ser sustentável.

Em termos de medidas mais práticas, julgo uma coisa tão simples como a separação de lixo ou a redução das impressões de documentos nos nossos escritórios, é fundamental.

De que forma dissemina informação sobre sustentabilidade junto de familiares, amigos e colegas?

A minha grande preocupação é alertar todos os que estão à minha volta para o facto de a sustentabilidade ter uma dimensão social e económica que jamais podem ser desvalorizadas se queremos viver num mundo mais equilibrado.

Vou citar o Papa Francisco que disse algo como: as testemunhas não se perdem com palavras ou proclamações, testemunham pelo exemplo. 

Não somos responsáveis pelas ações ou comportamentos dos outros, mas podemos e devemos dar o exemplo.

Qual o seu maior “defeito” em termos de sustentabilidade (e que gostaria de corrigir)?

Todos os dias procuro ser mais eficaz na luta contra o desperdício, é não só de bens, mas também de tempo. 

A empresa onde trabalha tem uma política de sustentabilidade? Que tipo de medidas pratica?

Sim, na Transearch Portugal temos indicadores de sustentabilidade, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (OD), os famosos cinco P’s:  Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias. Estamos particularmente atentos aos dois primeiros, pessoas e planeta.

Em termos práticos, temos tentado implementar diferentes medidas de sustentabilidade associadas à forma como trabalhamos, otimizando horários, com impactos na gestão energética, promovendo o bem-estar dos nossos colaboradores, desmaterializando e investimento em diferentes formas de reciclagem, pela aposta de consumos de materiais reciclados e fornecedores que cumpram objetivos de desenvolvimento sustentável.

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