Na primeira pessoa… José Flores, Property and Maintenance Manager da STAY HOTELS

O que é para si a sustentabilidade?

A sustentabilidade é cada vez mais não um objetivo ou uma mentalidade, mas sim uma necessidade real e premente.

É por isso, numa perspectiva que tem tanto de prática como idealista, um esforço global e concertado para garantir que o nosso nível de vida não tem impacto negativo nas gerações futuras.

Que medidas de sustentabilidade pratica no seu quotidiano?

Desde há uns anos que tentamos implementar periodicamente uma nova medida sustentável na rotina familiar. Neste momento já conseguimos:

  • Eliminar quase totalmente a água engarrafada;
  • Reduzir o consumo de guardanapos de papel através do uso de guardanapos em tecido;
  • Usar detergentes concentrados para roupa e limpeza genérica;
  • Usar primariamente sabonetes e shampoos sólidos;
  • Reciclar e compostagem local em horta para consumo próprio;
  • Reparar e reutilizar eletrodomésticos e móveis usados;
  • Desmaterializar todas as faturas e recibos.

O próximo passo passará por otimizar o consumo de água e tentar alguma captação de água da chuva.

De que forma dissemina informação sobre sustentabilidade (ou hábitos comportamentais sobre) junto de familiares, amigos e colegas?

De uma forma natural e orgânica, já que tendo a assumir que é uma preocupação geral.

Claro que muitas vezes não o é e nesse caso tendo a explicar que é mais fácil ir ganhando os hábitos de forma gradual do que tentar muito de uma só vez.

Um pouco há semelhança do que ocorre numa empresa, em que a melhoria contínua é uma boa forma de se incrementalmente alterar um paradigma.

Qual o seu maior “defeito” (diga-se mau hábito) em termos de sustentabilidade (e que gostaria de corrigir)?

Há na verdade dois defeitos/dificuldades a corrigir: manter os hábitos de sustentabilidade de forma consistente ao longo do tempo e o reconhecimento de que poderá ser necessária alguma redução de conforto e/ou nível de vida para se ser verdadeiramente sustentável.

A empresa onde trabalha tem uma política de sustentabilidade? Que tipo de medidas pratica?

A STAY HOTELS (SH) tem a sustentabilidade como princípio fundamental desde a sua génese e não só iniciou recentemente o processo de certificação BIOSPHERE como também aderiu ao programa Empresas 360º do Turismo de Portugal. É nossa expectativa que, tendo a SH definido todos os seus procedimentos com base no ISO 9001 e tendo sido certificada no ISO 9001 e 14001 até há relativamente pouco tempo, que muitas das nossas boas práticas instituídas se traduzam com alguma naturalidade para ambos os processos.

No que toca ao tratamento de resíduos, faz-se a separação total de resíduos nos principais processos emissores (Pequeno-Almoço e BAR), bem como existem medidas implementadas ao nível do espaço dos CLIENTES, como por exemplo caixotes com separadores de resíduos nos quartos.

Já relativamente ao consumo de energia, estes são controlados mensalmente em todas as unidades e separados por origem (energia eléctrica e gás natural), de forma a identificar e agir sobre desvios o mais rápido possível. Foram também feitas recentemente algumas alterações de infraestrutura, tais como substituições de equipamentos de produção de água quente sanitária, em que foram instaladas bombas de calor de alta eficiência energética nas unidades com painéis termodinâmicos de baixo rendimento.

De uma forma geral deve ser também relevado que, na sua generalidade, a SH implementa nos quartos um interruptor de corrente geral e um sensor de abertura de janela e tenta instalar, quando possível, mecanismos de recuperação de calor e/ou painéis solares para apoio à produção de água quente.

Também se monitoriza os consumos de água de todos os hotéis, permitindo da mesma forma identificar e atuar sobre desvios, sendo que o consumo de água na SH divide-se em duas componentes: o consumo basal associado à atividade básica do hotel (limpezas gerais, copa e bar) e o consumo realizado pelos CLIENTES.

O consumo basal é regulado em parte pelo próprio modelo operacional da STAY, sendo que ao não existir restaurantes e serem raros os espaços verdes, se elimina desde logo as grandes atividades consumidoras de água. Apesar disso, as máquinas de lavar loiça tendem a ser de baixo consumo e a rega é feita via contador próprio quando possível.

Relativamente ao consumo de água pelos CLIENTES, este pode ser reduzido através da escolha de equipamentos sanitários com redução de caudal e autoclismos de dupla descarga, bem como na redução do tempo de disponibilidade de água quente nos quartos. Todos estes pontos de atuação são garantidos durante as remodelações realizadas e na reposição pontual de equipamentos decorrente da atividade.

Existe também alguma comunicação em cada quarto nesse sentido (JUST ECO) e torneiras temporizados nas casas de banho públicas e balneários.

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