Transporte marítimo falha metas para 2050

As emissões do transporte marítimo estão a caminho de cumprir os objetivos para 2030, mas prevê-se que não atinjam a meta para 2050. A organização das Nações Unidas responsável pelo transporte marítimo internacional aprovou no dia 11 novas políticas de redução das emissões. Um novo documento publicado na revista Earth’s Future sublinha esta necessidade.

Investimento em energia verde

Os investigadores da UBC entrevistaram 149 especialistas em transporte marítimo em 2021 e descobriram que esperam que o sector registe uma redução de 30 a 40 por cento na intensidade de carbono do transporte marítimo – uma medida da quantidade de CO2emitida para transportar a carga numa determinada distância – até 2030, em comparação com os níveis de 2008.

Mas esperam que o sector não atinja o seu objetivo de emissões líquidas nulas em 2050, conseguindo, em vez disso, reduções de cerca de 40 a 75% em relação aos níveis de 2008.

“Podemos conseguir estas reduções a curto prazo graças a medidas operacionais e técnicas, mas para obtermos emissões líquidas nulas, também precisamos de abordar a energia verde”, afirmou a autora sénior, Amanda Gian, professora assistente da UBC.

Menos experiência, mais otimismo

O estudo concluiu que os inquiridos com menos de 10 anos de experiência profissional no sector marítimo eram os mais otimistas em relação à redução das emissões, enquanto os inquiridos com mais de 30 anos de experiência eram os menos otimistas.

Certeza em tempos de incerteza

Embora existam ou estejam em preparação fontes de combustível alternativas como o amoníaco, a energia eólica e outros modelos de navios relacionados, a transição para frotas de energia verde seria um investimento a longo prazo, afirmou o primeiro autor Imranul Laskar, doutorado no Instituto de Recursos, Ambiente e Sustentabilidade. “O sector precisa de alguma segurança política para poder fazer esses investimentos. O transporte marítimo pode ser o motor da transição energética mundial. É uma boa notícia, mas ainda não percebemos tudo”.+

O Comité de Proteção do Ambiente Marinho da Organização Marítima Internacional (OMI) aprovou no dia 11 de março a regulamentação proposta.

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